Fases psicossexuais segundo Sigmund Freud: entenda

As fases psicossexuais são, talvez, um dos temas mais curiosos e fascinantes da psicanálise. Afinal, elas revelam muito sobre a formação do ser humano. Embora sejam estudadas no campo da sexualidade, a verdade é que elas explicam diversos aspectos da personalidade e até mesmo do processo de decisão das pessoas.

O primeiro teórico a tratar o assunto tão controverso foi Freud. Em seus estudos, ele descobriu diferentes fases psicossexuais e, com isso, pode aprofundar sua teoria até chegar nos aspectos que conhecemos hoje.

Então, se você quer saber mais sobre o tema, esse é o artigo certo para você! Sem mais delongas, vamos começar nossa reflexão.

Como Freud começou a estudar as fases psicossexuais

Ao iniciar os estudos na área da psicanálise, é comum se deparar com situações que nunca imaginamos que fizessem parte desse universo analítico. Uma dessas coisas mais curiosas é o Desenvolvimento Psicossexual. A ciência foi teorizada inicialmente por Sigmund Freud e. Desde então, instiga diferentes cientistas ao redor do mundo.

Afinal, mesmo dentro das teorias de Freud, a diversidade esse campo de estudos é muito extensa. Para começarmos a falar sobre o tema, porém, é preciso citar outro conceito relacionado.

Antes de mais nada, precisamos entender que o conceito de sexualidade não está necessariamente referindo-se ao que a sexologia trata em questões corporais como relações sexuais entre indivíduos. Portanto, não seria bem essa a ideia da teoria, embora o tema nos leva a relacionar os assuntos por conta da palavra “sexualidade”.

No período em que Freud escreveu sobre as fases da sexualidade humana, sua teoria trouxe inúmeros dissabores junto a seus colegas médicos e a sociedade. Afinal, todos viam a tese como um escândalo abominável aos costumes da época.

Isso porque um médico falar principalmente sobre sexualidade infantil era impraticável e escandaloso, uma vez que naquela época criança era vista como sinônimo de pureza e eram consideradas assexuadas.

Atualmente, o tema é bem mais aceito pela contemporaneidade e mudança de pensamentos das pessoas. Porém, ainda é um tema complexo e assustador. Dessa forma, é visto como tabu e pouco comentado na sociedade.

As fases do desenvolvimento psicossexual

Agora sim podemos começar a falar sobre a teoria em si. A primeira coisa a ser analisada é a definição de cinco fases do desenvolvimento humano. Segundo Freud, a psicossexualidade pode ser dividida em 5 fases:

  • Fase oral;
  • A fase anal;
  • Fase fálica;
  • Período de latência e;
  • Fase genital.

Em cada uma dessas fases, o autor esclarece minuciosamente sua teoria. Com isso, traz uma inovadora visão sobre o desenvolvimento psicossexual dos seres humanos.

Por ser uma ideia inovadora, complexa e por desafiar os conceitos atuais de seu tempo, Freud teve que enfrentar inúmeras críticas. Sendo assim, ele bateu de frente com toda a sociedade que era muito inclinada a religiosidade da época e que prezava pela “moral e bons costumes”.

Tal assunto trazia desconforto, por ser compreendido como alusão direta a imoralidade e com relação ao sexo e prazeres carnais. Ou seja, as impurezas que afetariam a moral de uma época restrita ao assunto eram proibidas, assim como a sexualidade.

Um aprofundamento na teoria de fases psicossexuais de Freud

Mesmo com tanta censura de seus colegas médicos que não concordavam com suas descobertas, métodos de tratamento e a consequente descoberta da psicossexualidade, o médico não desistiu de seus estudos.

Ao defender seus pensamentos, Freud permitiu a vasta e rica explicação para a formação da psicossexualidade de cada indivíduo, desde sua infância até a fase adulta.

Se Freud, mesmo convicto de suas ideias, tivesse recuado por conta da pressão da sociedade ou de seus colegas médicos da época, certamente hoje não teríamos essa tremenda herança sobre um assunto tão visto, riquíssimo em detalhes e descobertas.

Afinal, ele mesmo mapeou cuidadosamente o comportamento humano, estudou cada fase e as denominou. Com o tempo, a sociedade e seus colegas médicos admitiram o tamanho da descoberta científica do comportamento humano.

A primeira fase que Freud descobriu e classificou foi à fase oral, uma das fases de desenvolvimento libidinal.

Nessa fase, Freud entendeu que os seres humanos, desde bebês, já sentem prazer. Dessa forma, a fase oral é entendida como o primeiro estágio do prazer humano. Dentro dessa ideia, ele nos traz uma visão esclarecedora e consistente em sua tese do desenvolvimento psicossexual.

Segundo Freud a boca é a primeira zona erógena dos seres humanos a partir de seu nascimento. Logo, é por esse meio donde vem os primeiros prazeres, através da sucção do seio da mãe, pelo prazer em chupar os dedos e levar a boca todo e qualquer objeto a seu alcance.

Ainda segundo a teoria de Freud, essa fase vai do nascimento até os dezoito meses de vida da criança. A partir daí ocorre uma evolução de desenvolvimento e a criança passa para a fase anal.

Da fase anal ao período de latência

A fase anal pode começar logo no primeiro ano da criança e vai até três anos de idade. Neste período, os pais ensinam a usar o vaso sanitário, consequentemente a criança aprende a controlar suas necessidades fisiológicas.

Portanto, a criança começa a formar suas características e pode expressar raiva segurando suas necessidades fisiológicas ou tendo boa aceitação.

O próximo estágio a ser descoberto e explorado é a fálico. Segundo a teoria Freudiana, esse ciclo começa aos três anos até aproximadamente seis anos de idade e é quando a criança começa a sentir atração sexual por seus genitores, os meninos por suas mães e as meninas por seus pais, sempre se referindo ao sexo oposto.

Em meninos que sentem rivalidade de seus pais com suas mães, Freud denominou de “complexo de Édipo”. Por outro lado, ao contrário com as meninas ele denominou inicialmente como ”complexo de Electra”.  Porém, Freud não concordou com essa denominação, oficializando o fenômeno feminino de “Complexo de Édipo feminino”.

O Período de latência é o próximo qualificado por Freud. Dessa forma, ainda segundo suas teorias, esse período se dá dos seis anos de vida até a puberdade.  Afinal, as pesquisas revelaram que nessa fase, as atividades psicossexuais estão suspensas.

Logo, este tempo concentra-se nos pais que guiam seus filhos, orientando ou repreendendo. Nesse caso, a criança se concentra em outras atividades não sexuais e em contato com outros colegas na escola.

Por último, temos a quinta e última fase: a genital. Em seguida, essa etapa do processo começa na puberdade, quando um aumento das energias sexuais e desenvolvimento de hormônios, ativando assim muitos conflitos não resolvidos dos anos anteriores, podendo assim explicar muitas emoções afloradas nesse período.

Conclusões gerais

Em suma, a teoria de Freud foi de extrema importância para que pudéssemos entender as fases psicossexuais e continuar os estudos nos dias atuais. Embora cada criança passe por esses diferentes períodos de sua própria forma, a categorização ajuda psicanalistas a entenderem o período tão conturbado de desenvolvimento.

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Até a próxima!

Escrito por: Sidnei Aparecido Gomes

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